domingo, 18 de maio de 2014

Xangô trovejou em meu coração



Nesse filme sem repasses

O intuitivo é um vulcão

A dúvida interina 

Queima-se com a injúria 

Lavas banham o tormento

Forma-se a pedra de sua lei



Os desejos volvem alados

Logo os medos a reboque

A simplicidade esta para o viver

Assim como o justo para o mundo

De caminhos de parábolas espúrias 

A penumbra dos indecisos



Em punho as duas faces

Linhas tortas ou a razão

Inconstâncias de cada sina

É a luz de cada penúria 

Ilá contra o lamento

Voz do divino Rei



A busca do inesperado

Tem a certeza em estoque

Não precisa ver para crer

Sabedoria do profundo 

Geologia da alma expurga 

A Justiça que germina o crivo 



Seu reinado é o enlace 

Pulsa meu coração 

Discernimento afina 

Prerrogativas da estrutura 

anseio a contento 

Xangô é a força que me valei 

Que poder tem seu Machado

que me aponta um norte

No brado kaô kabecilê!!!

Meu nada vira tudo

Meu dorso se curva

Por me mostrar que existo.

SÉRGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ

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